quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Apresentação dos alimentos aos bebês da creche



Campanha Emagrece, Brasil


Por volta dos 3 anos, a criança já come sozinha e é comum que deixe de lado comidas nutritivas. Explore estes sabores e estimule novos hábitos dos pequenos
Alimentação na Educação Infantil

Introdução
Há um ditado popular muito famoso que diz que "é de pequenino que se torce o pepino". A explicação da expressão está no fato de que é possível direcionar o crescimento desta planta até a colheita. Isso é semelhante ao que ocorre quando alguém apresenta um comportamento às crianças da creche. Neste momento, elas agem muito por repetição, imitando o comportamento dos adultos ou dos colegas.


Esta atitude pode ser aproveitada para o que costuma ser um problema para muitos pais: a alimentação. Comer corretamente pode ser ensinado aos pequenos e é uma estratégia muito mais eficiente do que fazer barganhas ou prometer doces caso comam frutas e verduras. É fundamental que a criança não cresça associando comida saudável a um dever que será recompensado com algo que ache mais gostoso.

É comum que os pequenos se precipitem ao afirmar que não gostam de uma comida, principalmente se ela não for colorida, vistosa, doce ou já conhecida. Ajude a mudar este hábito indicando boas alternativas para as refeições da creche e mostrando que comida saudável pode sim ser muito gostosa. 

Para enriquecer ainda mais suas aulas, leia a reportagem 20 mitos e verdades, publicada no site da revista Saúde!, que explica algumas das dúvidas mais frequentes sobre alimentação infantil. 

Leia mais Por que comemos isto?
Leia mais Crianças fazem uma horta

Objetivos

  • Apresentar diferentes tipos de alimentos aos bebês
  • Estimular a curiosidade das crianças sobre  hábitos alimentares mais saudáveis
  • Reconhecer os sabores das comidas

Desenvolvimento
Alimentação correta, atividades físicas regulares, doses hormonais e os genes são os principais influentes para o crescimento. Ao contrário da herança genética, que é imutável, comer corretamente é um hábito que pode ser estimulado pela escola já na Educação Infantil.

Para crescer com saúde o corpo precisa de doses altas de alimentos energéticos, como carboidratos, e construtores, como proteínas. É necessário consumir também os reguladores (frutas, legumes e verduras), que auxiliam as atividades celulares e regulam todo o metabolismo fisiológico. Tenha isso em mente na hora de apresentar comidas às crianças. Experimente as texturas, as formas, o cheiro e o paladar de frutas e verduras e oriente os pequenos a conhecerem estes alimentos. Claro que o professor não pode deixar de reconhecer que as frituras têm gosto agradável ao paladar - e as crianças sabem disso. Mas é preciso saber, desde cedo, os riscos que as pessoas correm ao abusarem desse tipo de alimentação. Portanto, conscientize os alunos para a necessidade de todos os nutrientes na alimentação diária. 

A seguir, vamos apresentar algumas estratégias válidas para incentivar as crianças a comerem de maneira saudável. Os responsáveis pela alimentação das creches podem variar essas atividades conforme a necessidade e disponibilidade e não precisam seguir exatamente a sequência apresentada. Vale lembrar que fatores externos, como as estações do ano, também influenciam já que boa parte das frutas não estão disponíveis o ano todo. 

Atividade 1

Leve os alunos ao supermercado. Na primeira visita, eles vão querer ficar na área de brinquedos ou ver os alimentos "mais gostosos", como doces e biscoitos industrializados. Mas é importante insistir. Leve as crianças primeiro ao setor de frutas, verduras e vegetais crus. Muitos não conhecem estes alimentos como realmente são, só na forma de geleias e patês ou na fotografia da caixinha de suco. No supermercado elas poderão ver a fruta, tocar e sentir seu cheiro. Explorar as sensações contribui para aumentar o interesse e a curiosidade por estes alimentos, mostrando que são mais atrativos do que as crianças imaginam. 

Atividade 2
Levar as crianças para uma volta na feira também é interessante, mas tome muito cuidado por causa do movimento da rua e do trânsito. Se não for possível visitar uma feira livre, leve a turma em um sacolão ou traga algumas frutas e verduras para a sala. O mais importante é garantir que os pequenos tenham contato com a comida: peguem, sintam o cheiro, vejam como é a forma, a textura, se tem casca ou não e que observem a multiplicidade de cores dos alimentos naturais.

Atividade 3
Procure associar o cheiro ao paladar das frutas. Peça que as crianças comparem esses dois sentidos. Pergunte se o cheiro da fruta se parece com seu gosto. Compare as frutas com mais água - ideais para os dias de verão -  com as mais secas. Outra possibilidade é apresentar diferentes tipos de uma mesma fruta. Exemplo: laranja cravo, laranja lima e tangerina. Indique as diferenças entre o gosto, a cor, o tamanho e o formato delas.
Aproveite para reforçar a importância da ingestão de água e de sucos de frutas, que são coloridos e bem saborosos. Embora seja mais prático consumir sucos prontos ou refrescos em pós, eles costumam ter uma alta taxa de sódio, enquanto os sucos de frutas são mais nutritivos e sem conservantes. 

Atividade 4

Leve os pequenos para a cozinha e deixe que observem como os alimentos são preparados.  Uma visita à cozinha da creche pode surtir efeitos muito positivos. Ajude os alunos a observarem a lavagem dos alimentos, a separação de grãos e o corte das carnes e das frutas. As crianças costumam não ter noção, por exemplo, que a carne crua é mais dura do que cozida. Mostre esta diferença a elas, indicando que o cozimento dos alimentos facilita a nossa mastigação e também a digestão. Não esqueça de tomar muito cuidado com a segurança das crianças e faça esta atividade com ajuda de outros adultos. 

Atividade 5
Use a hora das refeições para contar as funções dos alimentos que estão sendo ingeridos. Diga que as carnes contêm proteínas que servem para a formação dos músculos. Leite e derivados têm um elemento chamado cálcio, fundamental para a rigidez dos ossos. Os sais minerais, que regulam o funcionamento do metabolismo, são encontrados em frutas e verduras. Explique também que os carboidratos fornecem a energia que precisamos para fazer todas as atividades do nosso dia a dia. Eles são encontrados em massas e pães.
Não deixe de destacar que, em geral, doces e salgadinhos têm carboidratos, mas estão associados a óleos e gorduras, cujo acúmulo prejudica a saúde. Conte estas informações para as crianças conforme elas comem. Isso é importante para explicar que o que comemos tem uma função no nosso organismo.

Atividade 6

É comum gostar de pães recheados, pizzas, biscoitos e achocolatados. Explique que esses alimentos derivam de vegetais que podem ser comidos antes de serem processados. Um exemplo: muitas crianças quando comem biscoitos recheados, preferem o recheio. Mostre que quando o biscoito tem sabor de morango, é porque foi produzido a partir desta fruta. Leve morangos para os pequenos experimentarem. Se possível, faça o mesmo com chocolate. A turma deve adorar este doce, mas poucos sabem que vem de uma fruta chamada cacau. Se possível, apresente esta fruta para a turma. Deixe que toquem, sintam o cheiro e provem. É provável que alguns vão dizer que tem gosto de chocolate, enquanto outros não vão achar qualquer relação entre os dois. 

Atividade 7
Corte pequenos pedaços de folhas como alface ou escarola e peça que as crianças experimentem. Leve também as folhas de alguns temperos como hortelã, manjericão ou orégano e mostre como os temperos dão cheiro e sabor à salada. 
Neste momento, explique que há óleos mais saudáveis, como o azeite, que também dão mais sabor aos vegetais. E que as manteigas, ainda que importantes para o corpo, só serão úteis se forem consumidas em pequenas quantidades, já que são muito gordurosas e a gordura causa doenças como problemas cardíacos. Outro tempero importante é o sal, que dá gosto às comidas, mas causa riscos para a pressão arterial por isso deve ser consumido com moderação. Converse com o responsável pela alimentação da creche e procure fazer com que as crianças se habituem a pouco sal na comida. 

Avaliação
Os alimentos e o momento das refeições podem ser muito úteis para a compreensão da importância de comer bem. As crianças, que normalmente são muito curiosas, podem ser estimuladas a experimentar alimentos saudáveis a partir das cores, do cheiro e da forma. Por meio das sensações, estimule a turma a preferir os açúcares das frutas ao açúcar refinado. Mostre que existem feiras e mercados onde é possível achar alimentos saudáveis. Observe o interesse dos pequenos ao longo das atividades. Veja se estão comendo frutas e vegetais com mais curiosidade e se dispensam atenção para os alimentos que antes não queriam.
Marcos D. Muhlpointner
Biólogo e professor de Ciências do Colégio I. L. Peretz.

Teatro: muito além da peça de fim de ano

Oficinas semanais ajudam a incluir a linguagem teatral na rotina dos pequenos

Com apuração de Paula Peres (novaescola@fvc.org.br). Editado por Elisa Meirelles

    No CMEI Vila Verde II, em Curitiba, toda semana as crianças têm um momento especial dentro da rotina: a oficina de teatro. Ela é conduzida pelos educadores Vaniluci de Souza Ferreira e Leones Chiquitti Júnior, que fazem parte da equipe escolar e são responsáveis pelo projeto nas 11 turmas de 4 e 5 anos, com 25 crianças cada uma. A ideia surgiu com o grupo teatral Caras e Bocas, criado pelos docentes em 2006. "No início, os adultos somente encenavam peças para os pequenos. Com o tempo, conseguiram parcerias e expandiram o projeto, dando início às oficinas", diz a professora Michele Wormsbecker, uma das responsáveis pela iniciativa. 

   A proposta é fazer com que as crianças tenham acesso à linguagem teatral por meio de vivências. "Nosso objetivo não é apenas a representação, mas o processo que leva a ela", diz Vaniluci. As oficinas duram entre 40 minutos e uma hora e acontecem ao longo de todo o ano. Paula Zurawski, graduada em Artes Cênicas e mestre em Educação pela Universidade de São Paulo (USP), destaca a importância da regularidade das práticas voltadas à linguagem teatral na Educação Infantil. "Da mesma forma que a gente mantém atividades permanentes de artes visuais no cotidiano, as cênicas também devem ter constância. Caso contrário, o teatro se torna algo ocasional, pontual e limitado, não fazendo com que as crianças se apropriem de conhecimentos específicos da criação dentro dessa arte", defende. 

  As oficinas se dividem em dois momentos: nos primeiros meses do ano, são trabalhados sentimentos, sensações e expressões corporais e faciais. Depois, as turmas entram em contato com elementos do teatro, como figurino, iluminação, maquiagem e cenário. Para escolher as atividades, o grupo se baseia nas Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil da Prefeitura Municipal de Curitiba e fica atento aos desejos e às necessidades dos pequenos. "No começo, não usávamos tanto a iluminação. As crianças pediram atividades com luzes diferentes e incluímos o tema nas oficinas", exemplifica Vaniluci.


Sentir, conhecer e se expressar 

  Uma das atividades realizadas na primeira etapa do trabalho é a de expressão facial. Sentados em roda, todos conversam sobre o rosto humano e sobre como ele revela sentimentos. Os educadores perguntam o que faz eles se sentirem felizes, tristes, bravos etc. Depois da discussão, pedem que a turma escolha uma canção infantil, dentro do repertório que conhece, e explicam: "Vamos cantar essa música expressando sentimentos e fazendo cara de alegre, triste, choro, desconfiado, bravo e assustado". 

  Na oficina seguinte, o desafio é representar um animal usando apenas gestos e expressões, sem falar. A turma é colocada em roda, uma criança vai para o centro e faz a mímica. Os colegas tentam adivinhar sobre o que é, sem a participação de Leones e Vaniluci. Depois de alguém acertar, os dois questionam as crianças sobre o que poderia ser feito para complementar a performance e elas são convidadas a reinterpretar à sua maneira. "Um menino imitou um tiranossauro rex, mas ninguém conseguiu adivinhar. Um colega, então, disse: ‘Mas tiranossauro rex não é assim’. Depois, fez o bicho à sua maneira", conta ela. 

   Outra oficina interessante é a do chamado espelho vivo, fundamental no jogo teatral. Na sala, há um espelho, e as crianças são convidadas a ficar na frente dele, fazendo movimentos e analisando o que acontece. A educadora propõe, então, a brincadeira. Os pequenos são colocados em duplas e um tem de repetir exatamente o que o outro faz, invertendo os papéis depois. Paula ressalta o valor dessa atividade: "É muito desafiador se colocar na frente de um colega e tentar fazer o que ele faz, em silêncio. Uma grande sincronia entre os dois é necessária".

   Para a especialista, os professores têm de ter claro que o teatro é um jogo. As atividades realizadas em sala, portanto, precisam tratar desse trabalho conjunto. "Se eu crio uma cena e o meu colega não está concordando comigo, a situação teatral desaparece", defende


Entender e vivenciar o universo teatral 
   Na segunda parte das oficinas, os educadores trabalham elementos que agregam informações ao jogo teatral - iluminação, figurino, cenário e maquiagem - e os pequenos participam de uma série de atividades de interpretação. 

  A maquiagem é tema de quatro encontros. Para começar, crianças e docentes conversam sobre a chamada maquiagem social, usada no dia a dia. Os educadores mostram alguns produtos para a classe, maquiam as crianças e, depois, deixam que elas pintem umas às outras como quiserem. No encontro seguinte, os pequenos conhecem a maquiagem artística. A turma conversa sobre como ela ajuda a criar um personagem em uma peça e a mudar as feições dos atores. São propostas, então, duas atividades: na primeira, a turma escolhe personagens e os educadores fazem pinturas nos rostos para caracterizá-los; na segunda, eles pintam os pequenos sem explicar o que cada maquiagem representa. O desafio é criar diferentes papéis. 

Atividades semelhantes são realizadas com os figurinos. Todos discutem a importância deles para a criação teatral e são convidadas a se vestirem de diversas maneiras, usando roupas e assessórios disponíveis em classe. A educadora conta que quando está fantasiada é comum a garotada se organizar em pequenos grupos e produzir histórias. Ela acompanha a brincadeira e deixa que a turma crie livremente. 

As últimas oficinas são as de interpretação. As crianças elegem uma história infantil, listam os personagens e escolhem os que querem ser. Como as classes são grandes e não há papéis para todos, os educadores dividem a atividade. Quem não participa interpretando fica como plateia e entra em cena na semana seguinte. Às vezes, a vontade de participar é tanta que eles inventam personagens extras para terem a oportunidade de improvisar. "Um menino, durante uma oficina, levantou a mão e disse: ‘Bruxa tem morcego, né? Eu posso ser o morcego!’", conta Vaniluci. No fim, todos se reúnem para discutir quais interpretações mais gostaram e por quê.

1 Organização de oficinas Inclua atividades de teatro na rotina. Planeje oficinas semanais voltadas ao entendimento dessa linguagem.

2 Atividades de expressão Nas primeiras oficinas, trabalhe com os pequenos a relação entre as sensações e as expressões facial e corporal. Cantar mostrando sentimentos, fazer mímica, brincar de espelho vivo são algumas sugestões.

3 Fantasias e interpretação Em seguida, inclua elementos típicos do teatro na rotina. Oficinas de maquiagem, fgurino e cenário são interessantes. Finalize com atividades voltadas à interpretação, trabalhando com a turma o jogo teatral.
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terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Professora Bel: Jogo da melancia

Professora Bel: Jogo da melancia: 11 cartelas de EVA em formato de fatias de melancia. Cada "fatia" contém um número de 0 a 10. A criança deverá colocar a quant...